Como primeiro post aqui do blog, o tema não poderia ser outro:
O que é Visual Merchandising? Você sabe o que é?
Existem muitas definições, algumas das quais divulgadas por pessoas que bem pouco sabem do assunto, quanto mais da origem do termo e do que realmente trata essa profissão.
Assim, resolvi transcrever um texto de minha autoria, escrito em 2008 para uma palestra e workshop na CDL de Porto Alegre, mas que se mantém atualizado mesmo em 2016. Vamos a ele?
Em tempos onde produtos e suas marcas assumiram posições icônicas na cultura moderna e com um mercado cada vez mais competitivo, muito se fala – e se usa – o termo Visual Merchandising. Abaixo, uma das muitas definições do assunto:
“Em inglês, merchand é mercador. Merchandising, portanto, significa destacar a mercadoria.
Enquanto o Marketing explora imagem da empresa como um todo, incluindo logomarca, promoção, distribuição, mídia, tudo enfim, o merchandising é a exposição do produto.
Mostrar o produto é fazer merchandising. Merchandising na TV, por exemplo, é colocar o produto no meio de uma cena de novela.
Mas existe também o merchandising no ponto de venda, que tem como responsabilidade destacar o produto perante os demais.
Assim, outdoors, placas em padarias, ônibus, degustação em supermercados também são ações de merchandising. Tudo o que coloca o produto em evidência é merchandising.” Ronald Peach Jr – Sócio da Oficina do Merchandising
Mas existe um gap nesta e na maioria das definições de Merchandising: a MODA.
O termo Visual Merchandising não foi popular até os anos setenta e seu vínculo estreito com a indústria da moda, impediu que esta definição se expandisse para outras áreas de exposição de produtos que não fossem as vitrines.
Foi preciso uma mulher para tirar o Visual Merchandising
de sua conotação unicamente “vitrinística” para uma revolução total como mídia de ponto-de-venda.
Em 1974 Candy Pratts tornou-se diretora criativa da Bloomingdales americana e com sua fantástica visão de comunicação visual, ela fez uma verdadeira revolução na indústria ao obrigar o uso deste termo para qualquer estratégia de exposição de produtos em suas lojas.
Trocou o termo “vitirnista” por Visual Merchandiser e, pela primeira vez, abriu espaço para que mulheres se tornassem Merchandisers. Até então, acredite, “window dressing” era um terreno absolutamente masculino.
Atualmente, Visual Merchandising é multifacetado. Inclui vitrines, arquitetura interna das lojas, manequins, displays, comunicação gráfica, conhecimento da ação do consumidor e, inevitavelmente, uma profunda conexão com a moda e a cultura em nível global.
Aos profissionais de Merchandising no Brasil, cabe a tarefa de aperfeiçoamento da técnica e de transmissão do conceito aos empresários do varejo.
Quanto mais qualificado for o responsável pelo Visual Merchandising de uma loja, mais aceleradamente o lojista vai entender e valorizar este processo no qual encontram uma fonte ainda maior de receita, giram mais rápido estoques e ainda encantam seus clientes, destacando e promovendo serviços e produtos de forma diferenciada e sedutora.
Vitrine é Visual Merchandising, mas Visual Merchandising é um conceito ainda maior que o vitrinismo, é identidade visual.